CAMADA 1
Como faremos?
Para o exercício prático do Festival foram convidados grandes artistas com o propósito de pensar e organizar 05 galerias visuais, mais performances convidadas, com a ideia de trabalhar este processo em camadas, buscando reconhecer os possíveis meios/ambientes que nos envolvem, muitas vezes, desvendando aquilo que se pensava do lado de fora .
iniciaremos na Camada 1, a partir das duplas que irão trabalhar na construção das 05 galerias que compõem a mostra, onde o primeiro ou a primeira da dupla será parte da Linha 1, e a segunda ou o segundo, parte da Linha 2.
Linhas de Composição por Duplas
Galeria 1: Pi Suruí e Eder Lauri
Galeria 2: Paula Sampaio e Marcela Bonfim
Galeria 3: Aline Motta e Lia Krucken
Galeria 4: Rogério de Assis e Washington da Selva
Galeria 5: Duo Rodrigo Masina Pinheiro e Gal Cipreste Marinelli e Ana Lira
Como funcionará?
Compositores da Linha 1
1. Iniciarão o processo dando o tom, como em uma música, neste caso propondo 04 imagens à respectiva galeria, exercitando o mote conforme a visualidade que os tocam.
2. Com intuito de construirmos uma ‘narrativa composta’, solicitamos também que cada compositor da Linha 1 nos envie um texto sobre a sua perspectiva/proposta (linear ou não);
3. Promovendo a ESCALA DE COMPOSIÇÃO: além das imagens e texto, cada compositor da Linha 1, incluirá ao processo mais dois, ou duas “compositoras convidados”. O “compositor-iniciador” fará a indicação do primeiro ou da primeira “compositor(a) convidado(a)”, solicitando ao mesmo/à mesma que envie sua proposta de 02 imagens e 01 texto de até 3 linhas; e este dará sequência a escala, indicando o segundo “compositor(a) convidado(a)”, que fará sua proposta visual com 01 imagem e 01 texto de até 3 linhas.
Compositores da Linha 2
4. Receberão os trabalhos da Linha 1, conforme as duplas, e mais os trabalhos provenientes da convocatória da 5ª Mostra à Céu Aberto da Cultura da visualidade de Porto Velho, visando a organização da respectiva galeria.
5. Compositores da linha 2, terão acesso ao conteúdo da convocatória. Para compor as respectivas galerias serão disponibilizados até 20 suportes em lambe-lambe, 1 x 1,5. Cada suporte pode ser preenchido por mais de uma imagem. Lembrando que a proposta do Festival é incluir a maior quantidade possível de pensamentos visuais.
CAMADA 2
Compositores da Linha 3
6. A segunda camada será a realização da convocatória pública, onde os olhares dos compositores se misturam a outras perspectivas de meio ambiente; sendo gratuita e aberta a todo o público interessado por fotografia, com a ideia de abranger o maior número possível de reflexões e diversidades visuais. A convocatória tem início no próximo domingo (06).
7. Não se trata de um ambiente competitivo, e sim de uma composição, que abraçará diversas formas de visualidade, absorvendo o grafite, o desenho, a performance, a música, a rua, nas mais possíveis formas de composição. Cada proponente terá o limite de uma imagem-reflexão pertinente ao mote, enviada em arquivo JPG, em boa resolução. As impressões terão tamanho máximo de 1x1,5m.
8. A plataforma utilizada pela convocatória será a Frontfiles. Uma comunidade global, aberta à fotojornalistas e compradores de imagens, onde os criadores têm total autonomia sobre o próprio trabalho, além de participar coletivamente na construção de um ecossistema fotográfico mais humano e de alta qualidade, conectado ao mundo editorial.
CAMADA 3
Compositores da Linha 4
9. A terceira camada serão as intervenções dos artistas convidados com suas performances, nos diversos suportes, imprimindo sentidos do “BerimbauOssauro” de Dom Lauro; das imagens interiores da vivência indígena de Márcia Mura, da espacialidade de “Coroas” do fotógrafo Uiler Costa-Santos, e dos varais da série “D'Água e Lama”, da fotógrafa Michele Saraiva, aos sentidos visuais construídos com a cidade.
CAMADA 4
Compositores da Linha 5
10. A quarta camada será a própria montagem e documentação das galerias, onde a ideia é captar as camadas que se formarão com o próprio meio ambiente e cotidiano da cidade, absorvida pelos fotógrafos e vídeo-maker, Saulo de Sousa, e Christyann Ritse, ambos artistas da região, que integrarão seus olhares às camadas sensoriais que surgirão.
CAMADA 5 E O FLUXO VISUAL
Compositores da Linhas 6 e dos demais fluxos
11. Por fim, a quinta camada , com a Linha 6, como as linhas que seguem o fluxo visual, ocupadas por cinco convidados que a partir da suas formas, farão comentários sobre o processo visual dessas tantas camadas que iremos percorrer; como espectadores abrangendo, sobretudo, o lado de dentro de quem está exercitando “esse processo que é vital”.
12. Assim, entendemos a visualidade como essa oportunidade de composição e decomposição, sobretudo imaginária, onde as linhas de sentidos não têm fim, então, convidamos você a refletir conosco, se o meu meio, é o meio ambiente, o que existe ao meu redor que faz de mim parte desta composição?
Exercite a sua camada !
Pi SuruiPí Suruí é indígena do Povo Paiter Suruí e atua na luta e defesa do seu povo. É também fotógrafa e comunicadora do Mídia Índia fortalecendo a comunicação dos povos indígenas. Coordenadora de cultura da Metareilá e conselheira do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial - CEPIR. Estudante de psicologia. | Paula Sampaio. Foto de Miguel ChikaokaPaula Sampaio nasceu em Belo Horizonte (MG), em 1965. Ainda menina, veio com sua família para a Amazônia, a primeira morada foi no município de Estreito/MA (Rodovia -Belém Brasília). Em 1982 escolheu Belém para viver e trabalhar. Começou a fotografar profissionalmente em 1987 e optou pelo fotojornalismo. Frequentou as oficinas da Fotoativa e atuou na Comissão dos Repórteres Fotográficos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Pará (Sinjor–PA). |
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Aline Motta credits Estudio OpheliaAline Motta, nasceu em Niterói (RJ), vive e trabalha em São Paulo. É bacharel em Comunicação Social pela UFRJ e pós-graduada em Cinema pela The New School University (NY). Combina diferentes técnicas e práticas artísticas, mesclando fotografia, vídeo, instalação, performance, arte sonora, colagem, impressos e materiais têxteis. Sua investigação busca revelar outras corporalidades, criar sentido, ressignificar memórias e elaborar outras formas de existência. | Rogerio AssisRogério Assis, iniciou sua vida profissional em 1988, documentando etnias indígenas para o Museu Emílio Goeldi, em Belém-PA. Participou, em 1989, da expedição oficial da FUNAI de primeiro contato com a etnia Zo’é e publicou essa documentação nas mídias nacionais e internacionais. |
Gal Cipreste Marinelli 1,6MBGal Cipreste Marinelli Gal Cipreste Marinelli (n. 1998) é artista visual, musicista e fotógrafa trans não-binária, nascida em São Gonçalo, RJ, onde passou a maior parte de sua infância e adolescência. Sua pesquisa aborda temas como a criação de narrativas de gênero, a ficcionalização da realidade e a monstruosidade. É atualmente finalista do prêmio Louis Roederer Discovery Award no Les Rencontres d'Arles 2022, com a série fotográfica GH, Gal e Hiroshima, ao lado de Rodrigo Masina Pinheiro. | Rodrigo Masina Pinheiro 1,2MBRodrigo Masina Pinheiro (n.1987) é artista multidisciplinar e educadore nascide e criade em Vila da Penha, Rio de Janeiro. Sua pesquisa aborda a infância lgbtia+ e as ontologias do corpo dissidente de gênero a despeito dos regimes heterossexistas, das subjetividades encarceradas e dos vários processos de mutilação narrativa. Sua série intitulada GH, Gal e Hiroshima, feita em colaboração com a artista Gal Cipreste Marinelli, é atualmente umas das 10 finalistas ao prêmio Louis Roederer Discovery |
Ederson LauriEderson Lauri é Professor na Universidade Federal de Rondônia-UNIR. Doutor em Geografia pela UFPR. Coordenador do Laboratório de Narrativas Visuais – LABNAVI/UNIR. Coordenou os Festivais UNIR Arte e Cultura/Ariquemes (2018, 2019 e 2020). Coordenou a Campanha “Fotos para Rondônia”. | Marcela Bonfim. Crédito: Saulo de SousaEconomista, Marcela Bonfim, era outra até os 27 anos. Na capital paulista, acreditava no discurso da meritocracia. Já em Rondônia; adquiriu uma câmera fotográfica e no lugar das ideias deu espaço a imagens e contextos de uma Amazônia afastada das mentes de fora; mas latentes às vias de dentro. As lentes foram além; captando da diversidade e das inúmeras presenças negras; potências e sentidos antes desconhecidos a seu próprio corpo recém-enegrecido. |
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Lia KruckenLia Krucken é artista interdisciplinar, investiga movências e deslocamentos nos processos artísticos, com foco na afrodiáspora. Integra os coletivos Insurgências (Berlim), ECA (Salvador/Coimbra/ Berlim) e Intervalo fórum de arte, em Salvador. É professora visitante do Programa de Pós Graduação em Artes Visuais da UFBA e colaborou como pesquisadora com o Politecnico di Milano e o Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. | Washington da SelvaWashington da Selva, Carmo do Paranaíba-MG (1991), é artista e pesquisador. Em sua pesquisa e produção artística experimenta a construção de uma poética autoetnográfica y autobiogeográfica, onde utiliza de narrativas de experiências pessoais e de familiares no trabalho na zona rural do Cerrado de Minas Gerais. Bacharel em Artes e Design (UFJF) e Mestre em Artes, Cultura e Linguagens (UFJF), trabalha com diferentes técnicas e práticas artísticas. |
Ana Lira. Crédito: PriscillaBuhr_32Ana Lira é artista visual, fotógrafa, curadora, rádio host, escritora e editora baseada em Recife(PE - Brasil). É especialista em teoria e crítica de cultura. Observa a (in)visibilidade como forma de poder e dedica atenção a dinâmicas envolvendo sensibilidades cotidianas. Sua prática é baseada em processos coletivos e parcerias, tendo trabalhado com eles por mais de duas décadas. |
Compositores
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Convocatória | Convocatória |
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Convocatória |
____________ 3
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Mestre Dom Lauro | Michele Saraiva |
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Márcia Mura | Uiler Costa |
Saulo de Sousa | WhatsApp Image 2022-02-01 at 17.11.11Christyann Ritse – Fotógrafo e mídia ativista. Freelance videomaker, produtor local e assistente de câmera com base na Amazônia. Técnico em rádio e TV pela Fundação Rede Amazônica / RO (2009). Criador do projeto Sabiá Cultural. Parceiro do coletivo Lakapoy Films do Povo Indígena Paiter Suruí. Mediou o projeto Inventar com a Diferença – Cinema, Educação e Direitos Humanos, da Universidade Federal Fluminense - UFF e Secretaria Nacional dos Direitos Humanos (2014). |
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Escala Composição | Escala Composição |
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Escala Composição | Escala Composição |
Escala Composição | Escala Composição |
Escala Composição | Escala Composição |
Escala Composição | Escala Composição |
ESCALA DE COMPOSIÇÃO _________ 1
Convidado | Convidado |
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Convidado | Convidado |
Convidado |
____________ 6
Compor: "Meu meio, é o meio ambiente "
As pautas climáticas têm influenciado muitas ideias sobre "meio ambiente", dentre as quais a Amazônia é o centro. O que nos permite um espaço oportuno para tratar deste mote, inclusive proposto para se pensar, por nós daqui de dentro destas muitas Amazônias; assim, partindo do pressuposto de que se meu meio, é o meio ambiente, qual é o meu meio? O que existe nele? O que me faz permanecer?
Onde a partir da "Composição", formaremos 05 galerias visuais, a serem instaladas nas ruas de Porto Velho, a fim de buscar o reconhecimento, em camadas, dos possíveis e potentes meios/ambientes que nos envolvem, muitas vezes, desvendando o que se pensa do lado de fora, uma vez que a *"Amazônia tem sido transformada num dos principais meios/ambientes de disputa ideológica; revestida pela ideia de reserva; com o mundo todo de olho em seus recursos; comprimindo ainda mais a história, a presença e a diversidade dos povos originários, além de todo um legado construído a partir dos encontros com os fluxos e refluxos de matrizes negras". Eis, então, uma pergunta-chave para a nossa reflexão: Como ressignificar as formas estigmatizadas de se pensar o nosso meio/ambiente, visibilizando e dignificando o que existe de fundamental nele?
Não se trata de um ambiente competitivo, e sim de uma composição, que abraçará diversas formas de visualidade, absorvendo o grafite, o desenho, a performance, a música, a rua, nas mais possíveis formas de composição. Cada proponente terá o limite de uma imagem-reflexão pertinente ao mote, enviada em arquivo JPG, em boa resolução. As impressões terão tamanho máximo de 1x1,5m.
A plataforma utilizada pela convocatória será a Frontfiles. Uma comunidade global, aberta à fotojornalistas e compradores de imagens, onde os criadores têm total autonomia sobre o próprio trabalho, além de participar coletivamente na construção de um ecossistema fotográfico mais humano e de alta qualidade, conectado ao mundo editorial.
* Texto : Emergência climática também é pauta da Amazônia Negra
Resultados desta Composição
13. a) Abertura da Mostra on em nosso website; b) publicação de um vídeo experimental com as galerias, reflexões e intervenções de artistas convidados; c) publicação do texto com a narrativa composta; d) visita guiada com a participação dos compositores em ambiente virtual; e) catálogo On da Edição f; oficinas e bate-papos especiais.